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POEMA 3001



O que pensamos saber do amor?!
Que ele é lindo, que tudo pode, vence,
Transforma e com ele tudo é flor?!
Julgamos saber sobre o amor sem sequer
saber até onde vamos quando tomados por este sentimento!
O amor é isso ou ‘esse’ alguém mesmo que você está pensando!
Do amor se sabe até quando não está muito claro!
Ele não se disfarça, é certeiro e é bom, mesmo não se sabendo o que é!
E eu também não sei...
Não sei o que ele quer além de enlouquecer um sábio, enfraquecer o forte
E perdoar um mau!
Eu não sei o que ele quer, mas sei quem ele é, pode ou não pode ser!
Sei que ele tem vitamina, sacarose, lactose e espermina que faz a barriga dela crescer!
Tem ocitocina, não contém glúten, tem libido, borogodó e não sei mais o quê!
É o amor que se faz, independente de se saber!
Se sabe que ele chega de repente, se sabe de onde vem ou de quem vem
E dele não dá pra se esconder!
Se sabe que é inexplicável, possível, impossível, palpável, mas platônico também!
É branco como a paz, vermelho de paixão, incondicional, mas que também ‘condiciona’ a amar,
ele vicia, cega, contagia e até(docemente) pode matar!
Ele tira, rouba, subtrai coração, corpo, alma, mas também adiciona, constrói, preenche e completa!
É azul em sua alegria como a saia de normalista e de um dervishe sufista da Arábia Feliz!
Se quer saber sobre o amor tente aprendê-lo em sua prática ou pergunte a um poeta mais próximo
ou então a um passarinho que pouse em sua janela e que também canta sem saber o porquê!
Ele é o ‘O’ do borogodó, o ‘E’ do parangolê...!
Eu também não saberei o que é amor até que num beijo ele se confirme e seu tudo mais
venha a acontecer!

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