Pular para o conteúdo principal

YASMIM


                                                                                                                     
  Itaperuna, RJ



Yasmim, olha pra mim...
Pois, o que eu tenho pra lhe dizer
Tem que ser assim!
Yasmim que também rima com querubim,
Céu, mar, ribeirão, garça, orvalho e jasmim!
Yasmim, fala pra mim...
Se você me ama, ‘se eu te amo’, se nos enganamos
Ou se só ‘gosta de mim’?!
Tão linda e negra como aquela noite
De céu estrelado e de nós dois!
Alegre e cheirosa como a flor do jasmim
E as do vestido que usaste depois!
Yasmim... és muito mais que o jasmim...
A lavanda, a kananga, a alfazema, a rosa
E todo um jardim!
Onde começa toda história de amor
Que pode dar em paixão, espinho, sorriso,
Lágrima ou seja o que for!
Yasmim que também rima com alecrim!
Que também é criança pra cantar assim...!
Que nasceu no campo como os lírios
E as flores de Salomão
Que perto de você não são tão belas assim!
Yasmim, é simples assim....!
Como deveria ser toda história de amor,
Como deveria ser a vida resumida em flor...
Como deveria ‘ser afim’, eu peço a um serafim...
Então Yasmim...fala pra mim!
                                                           


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

INVERNO DE '07'

E lá estava você... No lugarejo que então sempre esteve E até eu te perceber! - Poesia aos seus pés não se 'disteve'! Me movendo a escrever... O deslumbre que até hoje se manteve...! E insiste em me envolver! De 'mini' mesmo no inverno que teve! - 'Ave pernalta' tão linda de se vê! Meu amor não se conteve!

ZANZA & BELERO

Lá no sub-bairro entre viela e varal, onde o céu tem mais fio que firmamento, há uma moça que sobe num vendaval todo fim de tarde, sem um lamento — Zanza, a dona de casa que voa no tempo. Belero a espera no terraço, rilhando o casco alado no azulejo gasto. É branco, reluzente, de prumo brando — pégaso vindo, talvez, de algum pasto entre Helicon e os quintais do Encantado. As comadres param o mexido na panela: — Vixi, lá vai ela de novo na asa! — Não é aquela a mulher do Protético, a bela? — Ele deixa, mas disse: “Não passa de casa…” Só que Zanza some no céu feito brasa. Prometeu voar só até a padaria, mas deu voltas ao mundo num trote leve: salta arco-íris, faz curva em nuvem fria, grita “Arroboboi!” pra Oxumarê, tão breve, e volta só depois que o sol já se atreve. Apolo, dizem, mandou-lhe bilhetinho — Hélio piscou da carruagem flamejante. Ela voa entre astros com jeitinho de quem pendura roupa e, num instante, vira dríade em amoreira ofegante. Talhada a malhação, como Salmacis formosa...

'FLERTE ALGORÍTMICO'

Vi tua vida em janelas quadradas, algoritmo gentil me trouxe você — como quem assopra cartas embaralhadas e entrega o naipe que não se pode prever. Não te conhecia, mas clicava em tua alma. Teu riso num parque, teus pais no Natal, teu corpo em ginástica, teu dia banal... E eu ali, pixel a pixel, invisível e presente — como espírito da máquina, fantasma obediente. Puxava assunto, às vezes bobo, às vezes doce, querendo só ficar perto. Tive a ousadia de sugerir um post: "Você nesse vestidinho... tomando um milk shake — com um céu lilás por perto..." E tu sorriste, mulher de fibra e filtro, disseste "quem sabe", como quem dança no abismo. Me empolguei: e se um dia...? E se o algoritmo fosse cupido, e os dados virassem destino? Mas então... tua timeline silenciou. Não houve briga, nem adeus, só o sumiço — e aquele perfil estático como mausoléu. Fiquei olhando dias, como quem assiste ao fim de um seriado sem saber se era ficção ou realidade. Hoje, aprendi: que o feed é um...