De onde vem a alegria do poeta
e sua loucura santa que debocha da lógica
e às vezes da métrica?!
O que passa pela cabeça dessas criaturas
que não fazem outra coisa senão rimar
e versar?!
Viver de brisa e alguns sonhos muitos dos quais
nunca chegarão a realizar...!
Que alegria é essa que faz poesia da realidade,
que emociona e se faz canto que lembra prece
e acalanto...?!
Que contagia com todo o seu amor pra dar, distribuir
e publicar...
Digna de um bobo da corte e mais ainda de um menestrel!
É a alegria de um orgasmo ao terminar um poema
concebido a ‘jorros de verve’ que é capaz de reconstruir
um mundo!
Poeta que se deslumbra antes de deslumbrar...!
Um poeta que chora quando se tem que chorar
e ri sem saber o porquê ou 'ligar' para um!
Essa alegria que comove, encanta,
é de quem não sabe o sentido da vida, inventa um,
pensa que sabe o que é amor e sempre cai na cilada da paixão!
Alegria de quem sabe onde mina o néctar dos deuses,
qual é o sexo dos anjos e o que tem além do horizonte
e de um arco-íris junto a Dorothy, Oxumarê e o tesouro de um duende!
Alegria de quem é fingidor, mas fala sério quando deixa falar a emoção.
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