Pular para o conteúdo principal

AOS APAIXONADOS!


Apaixonados são criaturas estranhas,
de comportamento estranho,
são capazes das maiores loucuras,
muitas das vezes não sabem o que fazem,
mas sabem muito bem o que querem!
Um ser apaixonado e sem limite, sem noção de perigo,
sem moral, sem lógica e até mesmo bom senso!
São criaturas estúpidas e que acreditam em tudo,
acham que podem tudo, vivem o momento
e falam até sobre a eternidade!
Um apaixonado pensa que pode ir até as estrelas,
presenteia o seu amor com a lua...
apaixonados se perdem num beijo e ficam sem chão
quando se desiludem!
Eu sei de tudo isso porque eu já fui, sou e sempre serei um deles!
Ah, os apaixonados...!
Sentir como se andasse nas nuvens, o peito flechado e não se incomodar...!
E após o mundo ter acabado, cair num inferno de amar!
Dois pombinhos...ou na lagoa dois cisnes ou patinhos formando um 'mesmo coração'!
Os apaixonados fazem juras, escrevem cartas, poemas e suas iniciais numa árvore,
na areia da praia ou do tempo!
São criaturas passionais, felizardas, belas, malditas, cegas e que amam o feio...
podem ser encontradas em qualquer lugar, têm o que amam como um objetivo, 'objeto',
sonho de consumo...
um bem dos mais preciosos, sofrem de ciúme, riem de nada e ‘choram de alegria’!
Exóticos, excêntricos, 'egocêntricos', 'egoístas', chatos e cafonas...
eu amo os apaixonados...
Essas criaturas tão doces, inocentes, às vezes carentes e tão safados!
Eu dedico esses versos aos apaixonados junto a um buquê de rosas vermelhas
e uma caixa de bombom!

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

INVERNO DE '07'

E lá estava você... No lugarejo que então sempre esteve E até eu te perceber! - Poesia aos seus pés não se 'disteve'! Me movendo a escrever... O deslumbre que até hoje se manteve...! E insiste em me envolver! De 'mini' mesmo no inverno que teve! - 'Ave pernalta' tão linda de se vê! Meu amor não se conteve!

ZANZA & BELERO

Lá no sub-bairro entre viela e varal, onde o céu tem mais fio que firmamento, há uma moça que sobe num vendaval todo fim de tarde, sem um lamento — Zanza, a dona de casa que voa no tempo. Belero a espera no terraço, rilhando o casco alado no azulejo gasto. É branco, reluzente, de prumo brando — pégaso vindo, talvez, de algum pasto entre Helicon e os quintais do Encantado. As comadres param o mexido na panela: — Vixi, lá vai ela de novo na asa! — Não é aquela a mulher do Protético, a bela? — Ele deixa, mas disse: “Não passa de casa…” Só que Zanza some no céu feito brasa. Prometeu voar só até a padaria, mas deu voltas ao mundo num trote leve: salta arco-íris, faz curva em nuvem fria, grita “Arroboboi!” pra Oxumarê, tão breve, e volta só depois que o sol já se atreve. Apolo, dizem, mandou-lhe bilhetinho — Hélio piscou da carruagem flamejante. Ela voa entre astros com jeitinho de quem pendura roupa e, num instante, vira dríade em amoreira ofegante. Talhada a malhação, como Salmacis formosa...

'FLERTE ALGORÍTMICO'

Vi tua vida em janelas quadradas, algoritmo gentil me trouxe você — como quem assopra cartas embaralhadas e entrega o naipe que não se pode prever. Não te conhecia, mas clicava em tua alma. Teu riso num parque, teus pais no Natal, teu corpo em ginástica, teu dia banal... E eu ali, pixel a pixel, invisível e presente — como espírito da máquina, fantasma obediente. Puxava assunto, às vezes bobo, às vezes doce, querendo só ficar perto. Tive a ousadia de sugerir um post: "Você nesse vestidinho... tomando um milk shake — com um céu lilás por perto..." E tu sorriste, mulher de fibra e filtro, disseste "quem sabe", como quem dança no abismo. Me empolguei: e se um dia...? E se o algoritmo fosse cupido, e os dados virassem destino? Mas então... tua timeline silenciou. Não houve briga, nem adeus, só o sumiço — e aquele perfil estático como mausoléu. Fiquei olhando dias, como quem assiste ao fim de um seriado sem saber se era ficção ou realidade. Hoje, aprendi: que o feed é um...