Pular para o conteúdo principal

POESIA EM TECIDO





Que mulher não gosta de um vestido?!
Pra mim não 'é mulher', não sabe o que é,
não tem beleza e 'não faz sentido'!
Vestida de vestido, 'vestido o vestido', 
ela em vestido, e 'eu investido'...
Qual mulher não tem um vestido?!
E se não tem, também não tem o meu deslumbre
e 'não sai comigo'!
'A Dona Helane tá de vestido'...!
Suspirou de longe um dos mais levados de seus aluninhos...!
Um vestido que mesmo que não lhes sirva, 'sirva para um homem'
que possa com ele se encantar!
E que mesmo que não combine, é a peça que falta para ainda mais
lhe feminizar!
Um vestido...poesia em tecido...!
Concreta, confeccionada, estampada e tecida como se faz com um texto!
Mulher usa vestido e um homem lhe ousa um sorriso!
Um vestido longo, 'canelado' ou curto deixando suas 'longas pernas' de fora!
Mulher que não usa vestido não quer ser bela, não sabe quem é 
ou 'prefere boné'!
Mulher que não usa vestido, que use o que quiser, não deixando de ser linda
ou de ser quem ou o que é!

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

INVERNO DE '07'

E lá estava você... No lugarejo que então sempre esteve E até eu te perceber! - Poesia aos seus pés não se 'disteve'! Me movendo a escrever... O deslumbre que até hoje se manteve...! E insiste em me envolver! De 'mini' mesmo no inverno que teve! - 'Ave pernalta' tão linda de se vê! Meu amor não se conteve!

ZANZA & BELERO

Lá no sub-bairro entre viela e varal, onde o céu tem mais fio que firmamento, há uma moça que sobe num vendaval todo fim de tarde, sem um lamento — Zanza, a dona de casa que voa no tempo. Belero a espera no terraço, rilhando o casco alado no azulejo gasto. É branco, reluzente, de prumo brando — pégaso vindo, talvez, de algum pasto entre Helicon e os quintais do Encantado. As comadres param o mexido na panela: — Vixi, lá vai ela de novo na asa! — Não é aquela a mulher do Protético, a bela? — Ele deixa, mas disse: “Não passa de casa…” Só que Zanza some no céu feito brasa. Prometeu voar só até a padaria, mas deu voltas ao mundo num trote leve: salta arco-íris, faz curva em nuvem fria, grita “Arroboboi!” pra Oxumarê, tão breve, e volta só depois que o sol já se atreve. Apolo, dizem, mandou-lhe bilhetinho — Hélio piscou da carruagem flamejante. Ela voa entre astros com jeitinho de quem pendura roupa e, num instante, vira dríade em amoreira ofegante. Talhada a malhação, como Salmacis formosa...

'FLERTE ALGORÍTMICO'

Vi tua vida em janelas quadradas, algoritmo gentil me trouxe você — como quem assopra cartas embaralhadas e entrega o naipe que não se pode prever. Não te conhecia, mas clicava em tua alma. Teu riso num parque, teus pais no Natal, teu corpo em ginástica, teu dia banal... E eu ali, pixel a pixel, invisível e presente — como espírito da máquina, fantasma obediente. Puxava assunto, às vezes bobo, às vezes doce, querendo só ficar perto. Tive a ousadia de sugerir um post: "Você nesse vestidinho... tomando um milk shake — com um céu lilás por perto..." E tu sorriste, mulher de fibra e filtro, disseste "quem sabe", como quem dança no abismo. Me empolguei: e se um dia...? E se o algoritmo fosse cupido, e os dados virassem destino? Mas então... tua timeline silenciou. Não houve briga, nem adeus, só o sumiço — e aquele perfil estático como mausoléu. Fiquei olhando dias, como quem assiste ao fim de um seriado sem saber se era ficção ou realidade. Hoje, aprendi: que o feed é um...