Pular para o conteúdo principal

O IMPOSTOR

Não me deixe só, aqui nessas gavetas...

Rodeado de ideias, fantasias

Querendo um espaço e sua atenção!

Tão sozinho aqui dentro desse móvel

E entregue às baratas, moscas e cismas

À base de toda essa naftalina

Que me entorpece e alimenta ilusões!

Essa gaveta e o vasto mundo aí fora...

Necessitado de mais poesia...

E eu aqui entre esse calhamaço e chulé!

Não me deixem só para essas gavetas

Que conhecem até minhas cuecas

Como essas cortinas, meu solilóquio!

Mas talvez eu não seja um bom poeta...

O mundo é bem maior que essa gaveta

Sei que tem muitos outros por aí!

Um móvel tão simples pra tantos sonhos...!

Apesar das ideias, é tão escuro

E silencioso apesar das letras!

Falo e escrevo sozinho ou para Deus!

Não posso ficar só para as gavetas...

Ainda tem o resto da mobília

Daqui e de outras casas querendo amor!

Uma poesia merece o mundo

Com suas tão belas letras, ensaios

Rascunhos, rabiscos ou como for! 

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

O EFEITO 'ZANZA'

Que é o mesmo efeito de quem é 'acometido por paixão'! Por um amor platônico, cortês, proibido, 'pequeno-burguês', bandido, impossível(mas por que não?!) O efeito zanza te deixa zonzo... tamanha a beleza estonteante apesar da 'pouca estatura'! Te torna de novo um infante que lambe os beiços e se lambuza só de ver no 'baleiro' aquela gostosura! Um efeito que pode durar mesmo estando 'vinte anos sem ver'... Um esplendor que não sai de seus vinte anos('tatuada na mente'),  um sabor que ficou na boca sem eu nunca ter provado, porém, poder imaginar que gosto deve ser! Ah, é como sonhar acordado...! Se deparando com um cavalo alado com um 'espectro solar' refletido, em disparada, ou 'disparado' pelo seu chifre dourado! É um 'efeito estufa' que superaquece a temperatura e a obriga a usar shorts mesmo em junho, mês de 'sua primavera' ou aniversário! É o efeito que me fez 'vê-la em minha própria mãe' ao reti

SONETO 93's

'Toda a roupa recebe  a alma de quem a usa.'                   Mia Couto Um vestidinho verde-escuro ou 'oliva'...! Aquela peça, um vestuário apenas E tantos anos; 'passaram centenas'! Mas ao lembrar ainda cai saliva! E pros quitutes... vinham às dezenas! Como esquecer de noite tão festiva?! Marcado e 'solto' na memória viva Num 'sonho impúbere' que ainda encenas! A simples peça a transformou num passe A carruagem moranga e um pedaço ! Pratinho à mão e o vestido 'verde-alface'! No meio-fio a parecer 'compasso'! Fez que da escola eu também me lembrasse! Fada e madrinha que 'ousou' no regaço!

'BIATRIZ'

Filha da dinda também tem meu amor! Aquele seu jeito e carinha linda! Mesmo cabelo natural, sem tinta! E a primavera, de quem herda o olor! Com as sacolas que mandava a dinda! Que nos doou de tudo sem pudor! Também fadinha, 'de condão' e esplendor! E a descender de Portugal, Coimbra! Grande beleza que herdou com certeza! 'Até de costas'; vi quando eu subia! Quem desse 'império' coroei princesa! É 'Beatriz' o nome e eu nem sabia! Que herda o poema escrito nessa mesa! É Beatriz, mas a conheço 'Bia'!