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SONETO A ADRIANA E DIDI

Na poesia posso te rever

A mesma que me permite sonhar

Que não me condena se eu delirar

E até me possibilita te 'ter'


Tê-la em lembranças ali no sofá

Copo de limonada a mão, e a beber

Brincou de aula com meu irmão, eu de escrever!

Mesmo sol,  num 'top', short clochard!


Inda com aquele riso sacana...

Ela que nós chamávamos 'Didi'

Já mulher feita prefere Adriana


Que se lembrou... e eu, de quando esteve aqui!

'Loira'... e com tanta pinta de bacana

Outra das 'meias-irmãs' da Lili!

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