No chão seco do destino, por veredas do arrebol, ia Zé Cambito e Catita, num cavalo de girassol. Feito lume em noite agreste, buscavam rima e consolo e sol. 🌞 O cangaceiro era fantasma, mas batia o coração, feito zabumba de lembrança no batuque do sertão. E Catita, seu chamego, era verso, era canção. 🎶 De repente, lá na frente, num clarão do arrebol, viram torres, viram gente, viram festa e caracol. “Óxente, isso é visage ou cidade feita de sol?” ☀️ Era Mandacarópolis, metrópole do xaxado, onde o povo do Nordeste dançava todo animado. Até o boi-bumbá sorria, com o Saci de braço dado! 🎭 Padim Ciço tava à porta, abençoando o baião, Luiz Gonzaga no palco, sanfonando emoção. E até Lampião sorria, no xote da redenção! 🎶 Curupira, Caipora e Iara, foram dançar com Catita, que rodava feito estrela numa saia infinita. E Zé Cambito, encantado, rimava com alma bendita. 🌾 Os poetas de repente vieram de todo lugar, repentistas, cantadores, pra um sarau de arrepiar. Zé Cambito abriu a noite: “Q...
'Se deixe levar por poemas e versos livres e na medida de um amor desmedido'