Se me vier inspiração, que com ela também venha um poema... Que fale de flores pra não dizerem, sobre o mundo, suas dores, mas ainda não as resolverem! Só mais um poema... Sobre o nascer e o pôr do sol, o luar do sertão, as estrelas e todo o sistema! Pra ser decorado com uma paisagem, colorido como um arco-íris... todo azul feito o mar e orlado com sua praia! Lindo feito o amor, com aquele tom e 'toques' da paixão, pacífico numa leitura silenciosa e a própria alegria em forma de canção! Simples palavras colocadas e que permaneçam num papel... palavras jogadas ao vento, que voam, 'volant' e ao léu! Em forma de 'algoritmo', com o João ou aquela anônima de blusa preta, cabelo na cabeça na fila... rompendo sozinho o pão do céu na terra e furando qualquer bloqueio(criativo)! Sobre a vida, morte, Severina Xique Xique, Comadre Sebastiana ou a Celinha no portão e outras histórias e vidas alheias! Para cantar e se decantar com o acompanhamento dessas aves que aqui gorje...
Didi, Adriana, memória dourada, Na casa da Dona Laura, risada encantada. No sofá da minha bisavó te vi repousar, E na minha sala, um tempo a dançar. O short clochard vermelho em brisa a brilhar, E a bermuda esquecida na cadeira a esperar. Os anos 90 pulsando no som, House music, batida que ecoa até o tom. Teus olhos corriam, levavam mistério, Um amor platônico guardado em silêncio. A bola quicava, rodava no ar, Enquanto o sol teimava em te iluminar. Os discos clássicos que eu te mostrava, Um pouco te impressionavam, um pouco te intrigavam. E um dia, limonada espirrada na pele, Pequena cena gravada entre as velhas novelas. Didi namoradeira, risada solta, Brincava de aula, prendia a volta. Na agenda, rabiscos de um tempo vivido, Hoje loira, no Facebook, perdido. Mas lembro da moda, o clochard, o vento, A menina que o tempo levou num momento. E eu, com boa memória e rima tardia, Te celebro agora, pura fantasia. *DGPT Produções